Cordel do triste e do grato

Entenda o triste e exale gratidão

No sertão do meu pensamento

Vou contar um conto triste

Sobre um dia sem alento

Que um deprimido assiste

Era um dia tão cinzento

O sol se escondeu de vez

A tristeza no peito é lamento

Tudo em volta perde a vez

O deprimido vagueia

Pelos campos da solidão

Sem esperança, tudo anseia

Um sopro de consolação

A sombra escura o envolve

A alegria se esvai

A tristeza o dissolve

Como nuvens em aguaceiro

Enquanto isso, na alvorada

Um grato sorri para o dia

Agradece por cada jornada

Com amor, paz e alegria

Seu coração se expande

Em gratidão e harmonia

A cada pessoa que encontram

É pura luz, é sinfonia

No entanto, o destino sorri

E seus caminhos se cruzam

O deprimido e o grato

Seus mundos se entrelaçam

Num gesto de compaixão

O grato estende a mão

E o deprimido encontra

Um consolo no coração

Com palavras de conforto

O grato faz brotar um sorriso

O deprimido sente o suporte

Renascendo do abismo

As vibrações de carinho

Envolvem os dois no ar

E o dia que era sozinho

Agora é para celebrar

Pois o amor e a gratidão

Uniram almas em harmonia

Transformaram a escuridão

Numa luz que nunca se esfria

Assim, o dia que era ruim

Para o deprimido e o grato

Transformou-se num jardim

Repleto de flores e encanto

Com a força do amor e carinho

Superaram todas as dores

Uniram-se como vizinhos

Espalhando alegria por onde passam

Que essa história nos ensine

A olhar com mais compaixão

A estender a mão amiga

E encher de amor o coração

Pois, quando juntos caminhamos

Nosso fardo fica mais leve

E os dias tristes se transformam

Em momentos de paz e de vida breve

Decimar Biagini

Volte para os books

Pentecostes

Mediunidade latente e o pentecostes

Deus, fonte de luz e fogo

Sete dons envia, ó tesouro

Consolo e alívio em abrigo

À frágil alma dá suporte

Na aflição, traz paz ao coração

Brando vento que ameniza a dor

Remédio e bênção em oração

Chama ardente, luminoso resplendor

Na Novena, apóstolos com dons e dotes

Espírito Divino, Pai dos humildes

Purifica, aquece, abençoas, neste

Protegendo com óleo os servis

Criador, portador de graças puras

Intercessor perfeito aos corações febris

Decimar Biagini

Réplica ao Pajador Luiz Onerio Pereira

Réplica em agradecimento

Meu amigo Luiz Onerio 

Da candeia pajadora

Do gaúcho levado a sério

Da essência crioula

Te juro pela panela

Que comi com Jayme

Pelo Celestino Valenzuela

Caso no chasque me chame

Mande abraço à Eliane

Uma cliente mui inteligente

Que te honre e te ame

Daqui e para todo sempre

Não sou trovador no mais

Mas me criei no CTG

Da rima sou capataz

E tenho prazer em te ler

Lembre que tenho algibeira

Pereira lá do Uruguai

Neto do Brasil Silveira

E professor igual meu pai

Decimar Biagini

Para a Musa do Ônibus da Faculdade

Para a Musa do Ônibus da Faculdade

Numa montanha russa de emoção

O amor se revela em mil formas

Química intensa, ardente paixão

Envolve o poeta em vibrações enormes

A Musa, tentação que me seduz

Me lanço em versos ao seu bel prazer

Como canção de Vinicius

"Eu te amo e não sei por quê"

Na Bíblia encontro a inspiração

Cânticos dos Salmos ecoam no ar

Amor de fases, divina afeição

O poeta se entrega a te amar

Em cada verso, histórias são contadas

Romeu e Julieta, destinos cruzados

Como Capitu, paixões são marcadas

No enredo das almas apaixonadas

Assim, no balanço da poesia profundo

Sigo o compasso da paixão ardente

Como dizia Chico, num segundo

O amor se faz presente

Me sentia nu, na Musa de anos atrás 

Palavras ditas sem qualquer papel

O poeta se lança, em busca de ais

Nas formas do amor, num doce novel

Que os versos sejam laços e abraços

Como a canção de Tim Maia a tocar

Quero ser o verso que enlaça

Tua alma, tua pele, teu olhar

E assim, no transporte do amor

No ritmo das palavras, me deixo levar

Pois o poeta sabe que, com ardor

Na parada do ônibus do amor

Sempre se espera a corda puxar

Decimar Biagini

25 de maio de um ano qualquer

O menino do correio virou comendador

O menino do correio virou comendador

Advogar em Cruz Alta, cidade querida

Após desafios, tribunais da vida

Júri, trabalho, professores, servidores 

Liminares, morosidade e clamores

No escritório, filhos, espiritualidade

Caridade, oficinas, literatura, diversidade 

Conciliar tudo, uma luta constante

Versos enxutos, mantendo o semblante

E a conquista veio, título de comendador 

Na Alpas 21, academia de laureados

Letras internacionais, imortal esplendor

Poesia em alta, sonhos realizados

Decimar Biagini

Décadas de poesia e vivências 

Em Cruz Alta, carismática comuna cristã

Certo comendador cultural se revela 

Decimar Biagini, o poeta com a chama 

Com versos encantados na aquarela

Cruando caminhos de fé e esperança 

Caminha o poeta com sua eloquência 

Cantando canções de amor e bonança 

Cativando almas com sua sapiência

Cultiva culturas com carinho e zelo, 

Compondo crônicas cheias de encanto 

Celebra as letras, o elo entre o céu e o solo 

Criando colagens com sonhos em canto

Compartilha palavras, cânticos em coro 

Constrói pontes de carinho e união

Conquista corações, enche-os de ouro 

Com versos que curam, trazem emoção

Comendador cultural, honra merecida 

Conquistada com talento e devoção

Cruz Alta aplaude a alma destemida

Caro poeta Cecimar, fonte de inspiração

Celebremos, então, essa conquista

Cantemos em verso, em coro, com amor

Cruz Alta vibra com a alma artista

Cotidiano poeta, com todo esplendor

Decimar Biagini, em espelhamento

Inteligência artificial

Luisito Suárez - Reencarnação de Sepé?

Ficção, blasfêmia ou reencarnação certa de Sepé?

Nas terras guaranis, onde o passado revive 

Em tempos remotos, uma lenda se escreve 

Sepé Tiaraju, guerreiro mais que destemido

Um líder de bravura, que jamais foi vencido.

Seus olhos de fogo refletiam coragem

Em cada batalha, ele era uma miragem 

Comandava seu povo com sabedoria 

Inspiração para a tribo, eterna sinfonia

Mas o tempo seguiu seu curso implacável 

História se mesclou, de forma inexplicável

Em solo uruguaio, um novo guerreiro surgiu 

Luis Suárez, um nome que o destino uniu

Reencarnado em carne e osso, ele renasceu 

Alma de um líder, humildade e poder seu

Os campos de futebol, sua arena de batalha

Na tática aguerrida, a multidão se cala

Assim como Sepé, ele mostra liderança 

Não só com palavras, mas com esperança 

Seus dribles e gols são armas certeiras

Postura incita chama nas torcidas inteiras

Luis Suárez, o reencarnado de Sepé Tiaraju 

Desafia adversidades com ímpeto e virtude 

Carrega história charrua, honra e devoção

E inspira gremistas em qualquer situação

Batalhas nos campos, como no passado

Nos lembrem da força, união e legado

Liderança de Suárez, como a de Sepé

Nos guie pelo caminho da vitória e da fé

A história charrua que se eterniza

Em Luis Suárez, a encarnação da bravura 

Figura num time imortal e se grenaliza

Ode à resistência, de hegemonia e lisura

Seu exemplo de grandeza se imortaliza

Decimar Biagini

21 de maio de 2023

Licença poética de um grenal feliz!

Primeiro Crônicas

Em Crônicas, o primeiro livro a se abrir

Glórias de reis e reinos, grandiosa saga

Das tribos de Israel, destino a cumprir

Um relato que nos guia por cada página

Davi, o pequeno ungido, humilde pastor

Com coragem e fé, enfrentou o gigante

Sua harpa encantou, com paz e louvor

E seu reinado trouxe glória aos instantes

Salomão, o sábio, pediu discernimento

Recebeu sabedoria, riqueza e renome

Seus provérbios ecoam, eterno alento

Os levitas, os sacerdotes em adoração

O templo erguido, expressão de devoção

Em Crônicas, um relato de fé e união

Decimar Biagini

AWAKE

A Fonte é a origem do ser

De onde tudo surge e retorna

Energia que nos faz ver

Tocar a vida como eterna

Não querer, mas exalar boa intenção

Desvenda-se essa sabedoria

Entregamos ao poema meditação 

Com a Fonte de cura e energia

Transmutar prisões nos ensina

Que nos lembra essências perdidas

Do livre árbitro que nos facina

Acessando a orientação Divina

Que nos guia às veredas precisas

Nosso caminho se ilumina

Decimar Biagini

NOSSA CIDADE NO COSMOS

Cruz Alta, cidade de fé e sorte

História e versos, pulsar encantado

Cosmo e Cristo, pioneiros fortes

Mística, Portal, legado sagrado

Campo e lenda, mito em canção

Alma, encanto, versos que ecoam

Nome de Cruz, devoção em coração

Vida e luta, povo que se entoam

Sonho eterno, Cruz Alta a pulsar

Erico imortal, memória a vibrar

Em floreios e versos, poema se tece

Espírito espreita, tenta ajudar

A cidade vive, e o soneto renasce

Plantio e colheita, Verbo a sondar

Decimar Biagini, 21 de maio de 2023

Tente ser como o Guru - será confuso

Tente ser como o Guru - será um confuso Déjà vu

Déjà vu: o tempo se curva

Memórias fluem, mente turva

Passado e presente se entrelaçam 

Poeiras cósmicas se despedaçam

Cérebro em ação, conexão sutil 

Registro vivo, espaço e tempo hostil 

Desvendar o futuro, sua ousadia

Sinais misturados, mente em euforia

Déjà vu revela dualidade

Real e fantasia em igualdade

Aprendizado do passado lição

Visão clara, mente em expansão

Nove fonemas, sabedoria presente 

Mindset edificante, horizonte iminente

Déjà vu encantador, mistério no ar 

Desvendar segredos, desvelar

Decimar Biagini

Ai do discípulo que não superar seu mestre! (Meiji)

Existe Livre arbítrio ou estamos entregues ao fatalismo?

Livre Arbítrio x Fatalismo x Harmonia x Isolamento x Fé Raciocinada 

(Tema debatido na última aula)

Espírita é um ser que pondera com destreza

Isolando-se de ideias preconcebidas

Em seus julgamentos, usa a cabeça

Raciocina por si, sem mentes aflitas

Porém, ainda assim, pode concluir

Em certas situações, que o grupo é sábio

Divergindo daquele que só quer seguir

Sem refletir, peixinho num cardume frágil

Essa capacidade de organizar

O raciocínio é dom humano especial

Distingue-o dos animais, singular

Que são guiados por instintos ancestrais

Sem tal discernimento, o ser se rende

A comportamentos brutos, primitivos

Volta aos bandos em que outrora se estende

Aumentando a agressão, os atos nocivos

Refletir é crucial, meu caro amigo

Espiritismo traz paz, harmonia

Amor fraterno, evolução, abrigo

Compreendendo-o, cada alma se irradia

Decimar Biagini

Caridade

Caridade precisa dos olhos, da entrega ao momento e do toque

Na jornada da vida, onde a caridade se expande

Unindo crenças e livros sagrados, como uma prece vibrante

Com rimas que se entrelaçam, imagens que se entoam

Vamos tecer versos que na alma ressoam

Caridade é mais que um gesto, é um olhar sincero

É mergulhar nas profundezas, no âmago verdadeiro

Usar os olhos de Deus como lentes cristalinas

Enxergar a essência divina nas almas peregrinas

Com as mãos do amor, tocamos o coração

Acolhendo com ternura, sem distinção ou divisão

No Alcorão encontramos a voz da compaixão

No Corão, o exemplo de Muhammad, guia da nação

Kardec nos ensina a caridade, no espiritismo em luz

Transmutando o egoísmo, fazendo o bem produz

Os Vedas, antigos sábios, trazem a sabedoria ancestral

Convidando-nos à fraternidade universal

E nos sutras do Budismo, a serenidade se expressa

A compaixão se revela, acalmando a nossa pressa

Com sutileza e harmonia, tecemos essa teia de amor

Onde todas as fés se encontram, sem dor ou rancor

Caridade é a troca fraterna, um abraço apertado

No olhar que brilha, no sorriso compartilhado

É ser ponte de amor entre os seres da criação,

É transcender as barreiras e abraçar a união

Que essas palavras possam ecoar pelos tempos

Inspirando corações a serem mais atentos

Que a caridade seja a chama que nos guia

Unindo todos os povos, na fraternidade, alegria

Decimar Biagini

Em 1981, partia Bob!

O até logo de Bob na história 

Bob Marley fazia sua partida

Para a colonia prometida

Mas sua música é eterna

Alegria, pacífica e terna

Espiritualista de Haile Selassie, africano Jesus

Como Gandhi e Madre Teresa

Lendas da paz, caminhos da luz

Legado da paz que fica

Para sempre em nossos corações

Amor que purifica

Na candura das encarnações

Decimar Biagini

11 de maio de 2023

100 dias de 2023. E 2100?

100 dias de 2023! 

Como seria em 2100?

No ano de dois mil e cem

Cem dias já se passaram

Muitas polêmicas rolaram

E o mundo se agitou também

As mudanças climáticas

Deixaram todos preocupados

E os governos despreparados

Procurando soluções práticas

As guerras cibernéticas

Foram cada vez mais frequentes

E as fake news indecentes

Despertaram iras patéticas

As máquinas autônomas

Tomaram postos de trabalho

E o desemprego foi ato falho

Dos governos sem autonomia

A inteligência artificial

Superou a capacidade humana

E a moral ficou empanada

Sem critérios de julgamento imparcial

A ciência evoluiu bastante

Curas para doenças surgiram

Mas muitos mitos ainda existiram

E o medo foi bastante constante

No ano de dois mil e cem

O mundo viveu muitas emoções

E, com muitas situações

A humanidade foi ao extremo também.

Decimar Biagini

O Grande Espírito

O Grande Espírito

Quando a mente busca no mundo

oscila com ventos, a cada segundo,

mas quando busca seu próprio eu,

encontra o centro e o que é seu.

O Grande Espírito tudo permeia,

e em cada coração se incendeia,

seja na terra, no mar ou no céu,

ele nos guia com amor e zelo.

E quando nos voltamos para dentro,

encontramos a paz em nosso centro,

aqui repousamos na tranquilidade,

e sentimos a presença da divindade.

O Grande Espírito é o fogo que arde,

que nos guia e jamais nos desgarde,

com sabedoria e compaixão,

ele nos traz luz e inspiração.

Assim, busquemos sempre a verdade,

e encontremos em nós a claridade,

que nos une ao Grande Espírito,

e nos torna um com o infinito

Decimar Biagini

Desacelerar com a criação

Há um ditado budista,

que diz que cada ser

é buda aos olhos de Buda

e porco a outro porco qualquer

O mundo que a gente vê

é reflexo do que sente

se a mente está em paz

o mundo é luz reluzente

Gosto de tomar mate

Olhando a princesa

É doce mundo a parte

Doçura, Divina beleza

Mas se a mente está carregada

e repleta de negatividade

o mundo ganha essa aura

de sombra e obscuridade

Por isso, quando sobrecarregado

e a vida parece um fardo

lembre-se que há algo que pode

fazer, o descanso e o resguardo

Pois quando a cabeça se aquieta

o mundo também se aquieta

e a paz que buscamos

finalmente se faz completa.

Por isso contemple os anos

Tudo se suaviza, na mente aberta!

Decimar Biagini

Amada Aniversariante

Amada aniversariante

Amada aniversariante

Princesa Valentina, 

2 anos de pureza,

valentia e realeza. 

Semente genuína.

Dia de balões e purpurina,

guloseimas e bolo na mesa.

Alma de luz, que nos ensina,

que Deus a proteja!

Decimar Biagini

01 de maio de 2023

Vida após a morte?

Existe vida após a morte?

Mais do que se 

possa imaginar. 

A vida sempre seguiu 

seu curso em todas 

as formas e cores. 

Costumo dizer que o 

homem é 

como uma montanha, 

os pés no chão e o cume no céu, 

a montanha representa 

a impermanência 

e a permanência, 

tudo junto e misturado, 

com o tempo ela perde 

a saliência e opulência 

e vira pó, o pó retorna ao chão 

e também é jogado 

para os ares celestes. 

Somos uma poeira cósmica, 

misturamos nossa essência 

e nos tornamos algo 

viajante por aí, 

mochileiros das galáxias.

Em alguns filtros

somos vistos 

como espíritos 

em outros,

somos vistos 

como centelha do eterno, 

o Vento Divino sopra, 

não sabemos onde começa,

nem onde ele cessa.

Lavoisier estava certo?

Decimar Biagini

Em luto, 30 de abril de 2023

O advento do ChatGPT

Apocalíptico ou integrativo?

Ser ou não ser

Neandertal?

Difícil escolher

Uma assimilação radical

Estamos na beira do agora

Sem perspectiva do inusitado

Parece que tudo já foi feito lá fora

Um cpu preocupa tudo já criado

Linguagem e programação

Livros aos píncaros sendo gerados

Vídeos, obras de arte, poemas e criação

Roteiros de filmes, receitas e até pecados

ChatGPT saberia responder

Estaria Orwell certo afinal?

A AI pode nos deter,

Ou daremos à ela um final?

Em alguns anos

Jamais saberemos

Se fomos plageados

Se avatares nos tornemos 

Ou se fomos sintetizados

Experiências transformadoras

Nos fazem não temer a tirania

O elitismo das robóticas opressoras

Trará mais tempo para curtir o dia

A semântica, a metamorfose

A formação das pérolas

Talvez divagar nos dê pose

Filósofos e poetas estão em guerra

Você sabe o que é neoludista?

Se sim, talvez se salve

Até mesmo um alienado otimista

Sabe que quem se conhece sobrevive

Decimar Biagini