quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Eu te amo

E te amo tanto que nem compreendo...

Eu te vejo na manhã quando o sol se espreguiça
Vejo-te na taça de vinho tinto...
A sorrir para mim,

Vejo-te no mar que não tem fim
Vejo-te nos meus sonhos...
E até nos pesadelos
Quando te procuro
Sem conseguir vê-lo...

Amo-te nas tardes de sol ameno
No reflexo de céu no lago...
Amo-te em meus pincéis, quando em azuis se disfazem...

Amo-te na tela branca
Em teu sorriso que brilha
Amo-te na minha saudade
Que está se tornando infinita

Amo-te na lua cheia
Na brisa do Recife antigo
No cheiro de terra molhada...
No som de burburinho de rio...

Ah! Eu te amo quando durmo
Quando acordo, quando escrevo, quando apago
Eu te amo quando morro, quando vivo, quando grito e quando calo.

Eu te amo quando te leio...
Quando te lembro...
Quando exalo!

Amo-te na minha loucura
E nos momentos de sanidade...

Eu te amo quando a chuva cai...
E esconde minhas lágrimas
De pura poesia e saudade
Do azul que vive em você.

E para resumir isso tudo...
Apenas preciso dizer...

Que mesmo na distância,
Eu amo amar você.

Márcia Poesia de Sá

Hoje Acordei com um certo vazio sussurrante, uma saudade imprecisa

Um “que” de melancolia... Dizem que os poetas tem disso, de quando em quando são acometidos por sentimentos e sensações não totalmente explicáveis.

Será que é a tristeza combustível de poesia?

Ou seria a poesia combustível da tristeza inventada...?

Sabe-se lá...

Apenas sinto a brisa que escorre pelas paredes

E vejo o revoar de pensamentos, alheia a eles...

Distante deles e de mim, apenas observo

Como observa o diretor da peça no primeiro ensaio

Vejo como eles se movem, como se expressam, como calam...

Olho atentamente para as mãos de cada sentimento meu, penso que as mãos falam muito...

E falam tudo. Não há como esconder os sentires internos se olharmos para elas.

Hoje acordei assim, estranha... sozinha...

Vaga como um mar em calmaria...

Impalpável como brisa

Triste...

E se é possível falar em cor...

Hoje acordei num tom de verde oliva e cinza

Mesclados grosseiramente sabe?

Há raios de ambas as cores em minha paleta.

Bom, vou pintar...

Quem sabe eu consiga jogar fora o frio que me consome

E colher da luz da tarde, algum brilho de manhã.

Márcia poesia de Sá