segunda-feira, 29 de junho de 2009

Saudade das minhas cores

Hoje minha cor quis aparecer
fui até a janela e a vi
ela estava tão linda e faceira
de vestido branco e tinha rendas

Sorriu para mim com ternura
como quem já queria voltar
mas na grama correu como criança
E me permitiu apenas observar

e olhando os passarinhos começou a gargalhar
se desfez em um espectro colorido lindo!
e fez-se um arco-ires em meu olhar

Sumiram então aos poucos as nuances
que o sol fez questão de abrilhantar
mas o cheiro delas ainda guardo
na minha maneira de olhar
Márcia Poesia de Sá

sexta-feira, 26 de junho de 2009


Tantas cores...sejam sempre bem vindos...
e obrigada...
Márcia Poesia de Sá

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Dois sentidos

tão sentidos...
incabidos?
benditos!

voam assim de distâncias tantas
e se encontram irremediavelmente apaixonados
em meio ao nada, que já não se impõe
que se afasta já sem espaço

em meio a tão bela paixão!
e desenham juntos
e bailam ternos no ar das possibilidades

Márcia Poesia de Sá

Tua Boca

Tua boca, louca boca de línguas tantas
de esperas e encantos, palavras soltas
ela me encanta, me embriaga de tanto querer
é nela que me imagino vagar assim...bem devagar

Boca, louca e linda que jamais ouvi o som
me arrepia ao vê-la assim sorrindo pra mim
neste vão de calor, onde salivas se aguardam em paz
enquanto eu seco e queimo ardentemente por ela

Márcia Poesia de Sá

terça-feira, 23 de junho de 2009


Acróstico Trapaça


Traçoeiros e vãos são os corvos
Roedeira de telhados aflitos
Amadureceram frutas como letras
Pontearam os filhotes nos ninhos
Arrancaram a maçã madura...e o
Ç da maçã...roubaram
Aterrorizaram os poetas aflitos

Márcia Poesia de Sá

segunda-feira, 22 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

SONETOS DO DECIMAR (TODOS FEITOS NO DOMINGO)

VAI SONETO

Espalhe-se soneto livre
Na cura do novo mundo
Traga o verso que não tive
Exponha meu eu profundo

Percorra as frestas das dores
Em cicatrizes mais humanas
Leve aos leitos mil flores
Reduza os anos em semanas

Ensine o homem a ser feliz
Faça o que não pude fazer
Leve o amor a quem lhe quis

Depois volte para me dizer
Se tornei-me na vida aprendiz
Então poderei em paz morrer

Decimar Biagini


SONETO LIVRE AO SONETO LIVRE



Não gosto da métrica
Pois paciência não tive
Gosto do soneto livre
A rima é como páprica

Tempero de combinações
A sonoridade trás emoções
Como cantar com letras
Sem regras obsoletas

No entanto os versos
Única regra de formato
Em desafios complexos

Transbordar sentimentos
Em quatorze versos conexos
Sem trazer aborrecimentos

Decimar Biagini

SONETO AOS COMENTÁRIOS

_____________

Que sorte a minha
Fui buscar consolo
No singelo soneto
Nem amigos tinha

Fiz dele um gueto
De poetas amigos
Tudo tem conserto
Inclusive os motivos

Falar de saudade
De solidão e agonia
Ameniza a ansiedade

Trás ao poeta alegria
Colegas com sinceridade
Trouxeram-me a luz do dia

Decimar Biagini

SONETO À ESPERA


Na busca de distração no tempo
Vejo a vela da vida em candelabro
A última resina se foi com o vento
E novamente, o tempo fica vago

Fico a espera de minha amada
Que traga-me a luz tão logo
Fazer poemas é quase nada
Para essa ansiedade que jogo

O soneto se vestiu de amigo
Para curar-me do mal da saudade
Tão logo se encerre no que digo

Trará ao poeta nova ansiedade
Qual será então a temática?
Que seja amor ao invés de saudade

Decimar Biagini

SONETO AO DESABAFO DA MÁRCIA



Minha Poetisa das cores
Por que murchas sem amor?
A vida tem dissabores
Mas não desanimes por favor

O silêncio é mesmo frustrante
Tem gente que é assim
Eu mesmo já fiz, que brutamonte
Pois esperava muito de mim

Nem todos tem tempo
Essa criação do diabo
Amigos vão com o vento

Culpa do silêncio macabro
Mas não esqueça, tudo é momento
Troque a vela de seu candelabro

Decimar Biagini

segunda-feira, 1 de junho de 2009


Versos curam tudo


Verso solta os bichos
que estavam na garganta
eles são tão livres
gotas de esperança
falam de amor
de sonhos e devaneios
falam de dor de saudade
de calar o que não veio
Falam de tudo e de todos
liberam a energia retesada
Sempre farei de minha vida "o universo"
um único verso...a unir teu versar ao meu
para dizer que sempre vou te amar
e se um dia eu quiser chorar...
chorarei rimando pois assim
fica mais belo meu pranto
Se doer vou embelezar a dor
iluminar o escuro
sondar as letras e deixar que elas
me façam companhia nesta estrada
que desde que te conheci...chamo de sonho...

Márcia Poesia de Sá