quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tento...atenta...disperso

Ha um clarão na brancura da lua
um corremão na estátua da rua
Sinto-me tua, sendo imensidão
contida, reclusa...em tua mão

Vago correndo por entre linhas
sozinhas, seres desta folha
como uma bolha, inexisto

Insisto, subo...explodo
gotejo, molho...evaporo

Algo ilumina a madrugada
numa lua que se abre e se fecha
como flexa de anjo querubim
E em mim? algo tremula
escassea-se, secura...
da lingua que cala
o grito da alma em povorosa!

Nervosa! feliz, medrosa
sucumbo em meu proprio abismo
e arrisco um sorriso
antes do ponto.

Márcia Poesia de Sá

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