sábado, 16 de maio de 2009

Tela de Bierstadt

O beijo da morte
Hoje olhei os olhos da morte e ela estava triste...
ela me falou do vazio de estar sempre só
me disse que tanto tentou fazer amigos...
mas que ninguém a deseja por perto
e ela é sempre escorraçada....
Hoje falei com a morte e tive pena dela, coitada...
tudo que ela deseja é apenas ser amada
ser compreendida e desejada....
ou se isto tudo, não for possível
pois que ao menos saibam aceita-la!
Doce e bondosa criatura...
que apenas nos tira deste limiar do nada
onde todas as poesias já foram apagadas
e um verme percorre as entranhas do poeta
Ela nos socorre da dor futura
que caminha em galopes rápidos
a nossa procura.....
ela apenas nos cura!
Hoje beijei a morte
e senti em seus lábios a mais inebriante doçura
um toque terno que me abraça lentamente
enquanto crava em meu coração devidamente anestesiado
A lança fria de caridade e ternura
me tirando assim em sonhos coloridos
desta vida de dor e sepultura
beijando-me apaixonada os olhos e a boca
Com a mais doce candura...........
Márcia Poesia de Sá

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