sábado, 30 de abril de 2011

O LEGADO NA POESIA CONTEMPORÃNEA

O LEGADO NA POESIA CONTEMPORÂNEA

Creio no silêncio deste papel escrito,
que representado pela janela virtual,
busca dizer o que eu jamais havia dito,
quedando violinos da poesia usual.

Não quero mais a sílaba desconfortante,
irritada por lembranças que me fazem mal.
Outros dias virão num simples instante,
em que tentarei buscar a palavra ideal.

O pão então será repartido entre muitos,
alguns despreparados não terão um sinal,
pois nessa infomaré de tantos assuntos,
até a poesia de Pessoa pode parecer sem sal.

Virá então a queda do poeta. Como não?
Essa é finalidade da semântica existencial.
Restará sucumbido, e outros dias virão,
E aquela seiva em um atento vencedor,
como toda primavera que antecederá o verão,
será a esperança, flor do pântano: o leitor!

Decimar Biagini