O LEGADO NA POESIA CONTEMPORÂNEA
Creio no silêncio deste papel escrito,
que representado pela janela virtual,
busca dizer o que eu jamais havia dito,
quedando violinos da poesia usual.
Não quero mais a sílaba desconfortante,
irritada por lembranças que me fazem mal.
Outros dias virão num simples instante,
em que tentarei buscar a palavra ideal.
O pão então será repartido entre muitos,
alguns despreparados não terão um sinal,
pois nessa infomaré de tantos assuntos,
até a poesia de Pessoa pode parecer sem sal.
Virá então a queda do poeta. Como não?
Essa é finalidade da semântica existencial.
Restará sucumbido, e outros dias virão,
E aquela seiva em um atento vencedor,
como toda primavera que antecederá o verão,
será a esperança, flor do pântano: o leitor!
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há 14 horas