quinta-feira, 1 de maio de 2025

Cordel do primeiro de maio de 2025

CORDEL DO PRIMEIRO DE MAIO DE 2025

Senhoras e senhores prestai bem atenção  
O Brasil virou novela  
Mas sem direção

Lá em Porto Alegre ergueram caixas de vidro  
No Otávio Rocha onde o cheiro não é límpido  
Dizem que é pra escada pra voltar à circulação  
Mas a real função é dar vitrine à enganação

A dengue ah essa dança fez da cidade seu salão  
Enquanto o povo coça a perna  
E o poder coça a mão

Na DEAM mulheres clamam por justiça com razão  
Mas trezentas desistiram não havia plantão

E agora escutem no palco da Previdência  
Rola um circo de dinheiro sem sequer decência  
Desconto em aposentado golpe velho e ordinário  
O INSS virou um teatro sanitário

Agora quem escolhe sou eu  
Diz o Lula com emoção  
Nomeou novo chefe  
Mas esqueceu a podridão

Não sabia de nada diz Lupi com fervor  
Mas se todo mundo sabia  
Onde andava o senhor

O desemprego subiu  
Mas ó que consolo  
É o menor desde 2012  
Segundo o santo IBGE no seu consolo

E lá fora nos Estados Unidos  
O PIB foi pro chão  
Trump surtou com as tarifas  
Mas recuou de calção

No Sul a tragédia mais chuva mais tormenta  
E político só promete enquanto o povo lamenta  
Em Cruzeiro do Sul ainda há quem more no barro  
Com a enchente na janela e promessas no carro

Mas houve uma santa que partiu em paz  
Dona Inah freirinha bisneta do Canabarro  
Morreu com 116 sem fazer escarcéu  
Foi direto para o céu  
Ou talvez pra descansar do papel

Esse é o Brasil meus senhores  
Palco de circo e de fé  
Onde quem tem juízo  
Vive rindo de pé

Decimar da Silveira Biagini
01 de maio de 2025

domingo, 1 de setembro de 2024

rimas simples e tropas nobres

Rimas simples e tropas nobres

No ser humano, o ser é
Na linguagem, a expressão
Que nos faz compreender
Nossa humana condição

A fronteira é ilusão
Que nos prende ao chão
Pois a vida em união
É a nossa direção

Mente e corpo, um só estar  
Nada os pode separar
Nessa carreta a operar
A roda da vida a revelar

No universo a dançar
O chimarrão é nosso par
Que nos faz sempre buscar  
Na alma, o próprio lugar

A consciência é a ponte
Que nos leva ao horizonte
Onde o espírito e o monte
São um só, ali na fonte

E no cepo a refletir
O sentido a emergir
Na cooperação surgir
A tropa deve prosseguir

Decimar da Silveira Biagini
1 de setembro de 2024
Poema metafísico
Ancestralidade tropeira

domingo, 28 de janeiro de 2024

Fênix - Quarteto Fantástico

Fênix - Quarteto Fantástico 

Meu olhar tem a estatura de voo:
quando sente o fogo da saudade,
devora as asas da paisagem,
prepara o peito para o pouso

Arremete em sopros de sereno
umedecendo o ninho que aguarda
flamejantes penas, tão suaves
no roçar das possibilidades

Feito certo tesouro de águia
Longe de todos ledos abutres
Dou aquele rasante na água
E retorno aos filhos ilustres

Nos meus voos seguirei firme
Confiante no sopro dos ventos
Jamais voltarei a melindres
Porque prefiro a paz de contento

Rogério, Marilene, Decimar e Gabriel
Oficina 16 versos - Comuna Poéticos 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Trilhas e rimas

Trilhas e rimas

Na estrada vivida
tropeços são aviso
Entre risos e sonhos
trilhamos o preciso

Compasso da alegria
Risos querem ecoar
Verves lado a lado
Poéticos a trilhar

Trevo da esperança 
Tombos não são o fim
Levanta pobre criança
Junta alma e jardim

Na melodia da vida
Improvisos a vibrar
Bagagem garantida
Sorrisos irá levar

Decimar da Silveira Biagini

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Sidham Kanman



No caloroso Nitten
Sua mandala de lotus
E seus cavalos do bem
Unge seus bons devotos

Dias instáveis sempre vêm
E convém fazer mudra
Deusa Dai Mariashi Ten
Cura nervos, transmuta

Saciedade do tempo
Punho da sabedoria
Filtra o pensamento
Abençoa a poesia

Decimar da Siveira Biagini

Poema metafísico- inspirado no grande livro de símbolos do Reiki

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Almas divinamente aladas


Almas divinamente aladas

Cada indivíduo
É divino em si mesmo
Porém esquecido
Espera por relampejo

A subida da força
Pode ser como um beijo
Um abraço, um conforto
Assim que hoje vejo

Um choque anestésico
Resgatado com ternura
Sonho dopaminérgico
Que se assemelha à loucura

O caminho é cooperação
Como alinhar de chakras
Troca de dons do coração
Étereo dançar sem máscaras

Decimar da Silveira Biagini

domingo, 14 de janeiro de 2024

Não desi"n"sta

Não Desinsta
O poeta silencia
Quando o leitor o atende
Quanta alegria
Pertencimento surpreende

Loucura se anuncia
Quando à solidão se rende
A poéticos é melancia
Pois só dentro que se entende

Só cansa quem não faz poesia
Pois poesia não se vende
É de graça na comuna vazia
Quando a cortina se estende

Decimar da Silveira Biagini
poetinha_cruzaltense no insta