quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Hoje Acordei com um certo vazio sussurrante, uma saudade imprecisa

Um “que” de melancolia... Dizem que os poetas tem disso, de quando em quando são acometidos por sentimentos e sensações não totalmente explicáveis.

Será que é a tristeza combustível de poesia?

Ou seria a poesia combustível da tristeza inventada...?

Sabe-se lá...

Apenas sinto a brisa que escorre pelas paredes

E vejo o revoar de pensamentos, alheia a eles...

Distante deles e de mim, apenas observo

Como observa o diretor da peça no primeiro ensaio

Vejo como eles se movem, como se expressam, como calam...

Olho atentamente para as mãos de cada sentimento meu, penso que as mãos falam muito...

E falam tudo. Não há como esconder os sentires internos se olharmos para elas.

Hoje acordei assim, estranha... sozinha...

Vaga como um mar em calmaria...

Impalpável como brisa

Triste...

E se é possível falar em cor...

Hoje acordei num tom de verde oliva e cinza

Mesclados grosseiramente sabe?

Há raios de ambas as cores em minha paleta.

Bom, vou pintar...

Quem sabe eu consiga jogar fora o frio que me consome

E colher da luz da tarde, algum brilho de manhã.

Márcia poesia de Sá

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