domingo, 28 de janeiro de 2024

Fênix - Quarteto Fantástico

Fênix - Quarteto Fantástico 

Meu olhar tem a estatura de voo:
quando sente o fogo da saudade,
devora as asas da paisagem,
prepara o peito para o pouso

Arremete em sopros de sereno
umedecendo o ninho que aguarda
flamejantes penas, tão suaves
no roçar das possibilidades

Feito certo tesouro de águia
Longe de todos ledos abutres
Dou aquele rasante na água
E retorno aos filhos ilustres

Nos meus voos seguirei firme
Confiante no sopro dos ventos
Jamais voltarei a melindres
Porque prefiro a paz de contento

Rogério, Marilene, Decimar e Gabriel
Oficina 16 versos - Comuna Poéticos 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Trilhas e rimas

Trilhas e rimas

Na estrada vivida
tropeços são aviso
Entre risos e sonhos
trilhamos o preciso

Compasso da alegria
Risos querem ecoar
Verves lado a lado
Poéticos a trilhar

Trevo da esperança 
Tombos não são o fim
Levanta pobre criança
Junta alma e jardim

Na melodia da vida
Improvisos a vibrar
Bagagem garantida
Sorrisos irá levar

Decimar da Silveira Biagini

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Sidham Kanman



No caloroso Nitten
Sua mandala de lotus
E seus cavalos do bem
Unge seus bons devotos

Dias instáveis sempre vêm
E convém fazer mudra
Deusa Dai Mariashi Ten
Cura nervos, transmuta

Saciedade do tempo
Punho da sabedoria
Filtra o pensamento
Abençoa a poesia

Decimar da Siveira Biagini

Poema metafísico- inspirado no grande livro de símbolos do Reiki

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Almas divinamente aladas


Almas divinamente aladas

Cada indivíduo
É divino em si mesmo
Porém esquecido
Espera por relampejo

A subida da força
Pode ser como um beijo
Um abraço, um conforto
Assim que hoje vejo

Um choque anestésico
Resgatado com ternura
Sonho dopaminérgico
Que se assemelha à loucura

O caminho é cooperação
Como alinhar de chakras
Troca de dons do coração
Étereo dançar sem máscaras

Decimar da Silveira Biagini

domingo, 14 de janeiro de 2024

Não desi"n"sta

Não Desinsta
O poeta silencia
Quando o leitor o atende
Quanta alegria
Pertencimento surpreende

Loucura se anuncia
Quando à solidão se rende
A poéticos é melancia
Pois só dentro que se entende

Só cansa quem não faz poesia
Pois poesia não se vende
É de graça na comuna vazia
Quando a cortina se estende

Decimar da Silveira Biagini
poetinha_cruzaltense no insta

Relampejos e Realejos

Saudades de vidas passadas
Véu do esquecimento em janelas abertas
Realejo tocado nas madrugadas
Suores noturnos das minhas netas

Na manivela do tempo
Do século XVIII me distanciava
Mas hoje relembro em dias de vento
Olhares atentos da meninada

Netos viraram novos resgates
Porém nostalgia é pelo poder
Sobrou a poesia e alguns serrilhetes
Mudaria a industrialização ao meu ver

A Inglaterra industrial carvão queimava
O que queima hoje é meu peito
Pois quando essa lembrança desce apertada
Aquecimento global já não tem mais jeito 
Penso nas eras hoje desperdiçadas 

Decimar da Silveira Biagini 

Deuses Estudantes

Deuses estudantes

Deuses não dormem
Mas já dormi em BH
Usava uniforme
Ônibus para Mariana

Uma época bacana
Depois rumo a Ouro Preto
Nau Sem Rumo me chama
Atabaque do Mestre Gepeto

Saudades daquela república 
Da praça XV e festa do dose 
Uma época rica e pudica
Dezoito anos e muita pose

Mais tarde, estilo Louzada
Vou morar em Niterói
Pracinha, samba, batucada
E nostalgia que hoje dói 

Decimar da Silveira Biagini