terça-feira, 25 de agosto de 2009

OS OLHOS DAS SERPENTES

Quem não sabe amar
Só tem mesmo a perder
Deixe o povo falar
Eles tem muito a aprender

Gente mesquinha e de pouca luz
Materialista, invejosa e futriqueira
Depois que perdem, carregam a cruz
De remoer derrota a toda maneira

A nossa vitória é tão simples
De estar por cima em nosso próprio céu
Pode ser vista como sem requintes
Mas é no simples doce que se vê o puro mel

Eu afirmarei sempre
De cara limpa e coração aberto
Que agradeço a sua mãe e seu ventre
Por permitir que eu tenha ao amor descoberto

Agora, quanto ao povo, deixo cair algumas palavras
Que eles juntem e façam o que quiser
Não gosto dos alcoviteiros, deixe-os com suas mágoas
Nosso amor enfrentará o que vier

Decimar Biagini

segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Tu vens

assim quase como quem não sabe se chega ou se volta
se abraça ou empurra...se deixa se foge
Chega assim indeciso quase arisco, como bicho

Voce olha e tira a vista...
encara e baixa o olhar...deixa-o vagar
mas te olho com ternura e compreendo tua loucura
e te deixo se acalmar...

Você assusta ainda mais não quer toda essa paz e foge de vez...
corre serras e abismos...voa alto e despenca
se quebra todo no vento...se desfaz e chora!

Volta sem querer voltar..olha sem querer olhar
busca sem saber como...inquieto coração grita
e você destoa teus sons...acostumado estava ao vazio

Enquanto sinto o vento em meus cabelos
e meu olhar te observa calmo
numa ternura infinita de quem sabe esperar...
enquanto você...

Deita em um cobertor de folhas e aguarda...
pois você foge sem saber pra onde
grita sem saber do que
chora pelo que nem sabe
e....

perde sem saber ...
que ama sem querer...

Márcia Poesia de Sa

sábado, 1 de agosto de 2009


A valsa dos pintores


Ela nos olha estática e branca
aguarda nosso versejar em cor
enquanto dentro do artista clama!
preciso sair...por favor...

Um grito mudo, ensurdecedor
A dor do encéfalo em combustão
Imaginação desabrochando em flor
Na mão a porta, a solução

Aquece o peito, a mente profusão!
escorrem idéias, cores e emoção
pincel tateia, firme condução
e nela nasce a grande explosão

Carmins se beijam na paixão
e violáceos se encantam
pincéis azuis bailam conosco
na dança louca deste encontro

Energia que não tem fim
arco iris de êxtase pleno
adoração de um querubim
paz, vida, amor ao extremo

Frenético vai e vem de cores
pingos de suor ao chão
na mente, a representação de amores
na tela, a do coração.

Márcia Poesia de Sá e André Luiz Anlub