sábado, 22 de maio de 2010


Para ti

Há em ti uma vastidão insondável
Um poeta palpável, uma lírica veia

Há em ti um poema em penumbra
Há uma onda em brumas
Caravelas de mar

Há em ti um abraço ameno
Um coração que sonha
E que sempre sonhará

Há em ti, um olhar de menino
Um sorriso maroto
Um suspiro no ar

Eu te vejo, e me sinto absorta

Observo em cada linha...pedacinhos de ti

E a canção, que agora componho
Tem a melodia de um sonho
Acompanhada por bandolins.

Márcia Poesia de Sá

domingo, 9 de maio de 2010


Amor d’Aurora Primaveril

Abri a porta do meu dia, para encontrar você.
Até meus sonhos estavam despertos.
A mão do meu amor ofereceu-te companhia,
E os meus gestos, de carinho, encobertos.

A lua cega buscava o seu repouso,
e uma melodia suave embalava o amanhecer
Meu desejo intenso contava horas,
Neste momento de magia, a florescer...

Cantavam pássaros, caíam folhas,
A paisagem me convidava a te buscar.
E eu buscava, nos meus quadros, nos meus versos,
Para só em mim te encontrar...

Eras minha obra predileta...
pendurada em minha galeria particular
e eu te observava absorto...
cada vez mais perdido neste teu olhar

Então, do amor que era só desejo,
Foi-se chegando, mas com mansidão,
E sem pedir, e sem fazer alarde,
Entrou sem pressa no meu coração...

Aconchegou-se de forma morna
e fez de mim refém...
doce sentimento que aflora
na poesia de um querer tão bem...

Então, dos versos que eram tão perfeitos,
Foi-se brandindo toda a minha obra,
E sem excessos, sem restar espaços,
Nesse querer que, de querer, não sobra...

Se completando como tela e tinta...
o meu amor, ao teu, deseja o tempo
reescrevendo o verso mais lírico
rasgando à força tanto sentimento

Amar-te-ei em duras invernias,
E nos verões de fogo mais intenso,
Que desse amor, não restarão nem cinzas,
E as solidões se esvairão com os ventos...

Minha tristeza como folha alaranjada
rolou para longe, fim da longa espera
que em teu abraço, forte e perfeito
abriu manhãs em minha primavera

Enfim Amor, o teu amor bendito,
É a razão das minhas poesias,
É o meu caminho em estações, e eu digo,
Amar-te assim, é a minha alegria!


Márcia Poesia de Sá e Ânderlo Strwsk